Autores: DEISE AVILA, GABRIELA ROCHA, RAFAELA GASSO, SABRINA NEVES E TIELI DUTRA.
Apresentador (a):SABRINA OLIVERA NEVES
Orientador (a): CAROLINE ANÇA
Outros Trabalhos:
Instituição: FURG
Área: 4 - Educação
Título: Registrar e avaliar para (re)pensar a prática.
Resumo: OBJETIVOS
- Dialogar e construir conhecimentos a cerca dos temas que orientam o
cotidiano e a organização pedagógica das instituições de Educação
Infantil;
- Oportunizar o intercâmbio de saberes entre os profissionais da rede
municipal de ensino e acadêmicas do curso de Pedagogia – Educação
Infantil.
- Favorecer a reflexão das docentes e acadêmicas acerca de suas
práticas educativas.
- Re-pensar a importância da avaliação e registro na Educação Infantil.
JUSTIFICATIVA
Esse projeto justifica-se tanto pelo desejo de formação continuada das
educadoras atuantes na Educação Infantil da rede municipal, quanto
pela necessidade de cumprir os requisitos previstos na ementa da
disciplina de Estágio na Educação Infantil II. Esta, por sua vez, se
orienta na pesquisa do cotidiano e organização pedagógica em
instituições infantis e se desenvolve durante o segundo semestre do
ano letivo. Contudo, nesse período, as poucas escolas infantis já
atendem um número significativo de estagiárias que cumprem a regência
em sala de aula, inviabilizando o trabalho de pesquisa requerido pelo
Estágio II. Assim, com esse curso possibilitamos um retorno da
Universidade aos profissionais que desejam formação continuada e
consentem a realização dos estágios em suas turmas, como também
orientamos um espaço de discussões teórico-práticas que permite a
pesquisa solicitada pela disciplina em questão.
RESUMO
As preocupações com a avaliação iniciaram na década de 70 sendo
validada na Constituição apenas em 1988. Pode-se dizer que esse
reconhecimento se deu em função da pressão exercida pelas famílias de
classe média que reivindicavam propostas verdadeiramente pedagógicas,
já que, as escolas de educação infantil da época pareciam dar mais
atenção e ênfase a dimensão do cuidar.
Neste sentido a avaliação surge então, como um elemento de controle
sobre a escola e sobre os professores que se vêem com a tarefa de
formalizar e comprovar o trabalho realizado através da avaliação das
crianças. Já nas instituições que atendiam crianças mais pobres não
havia esse tipo de exigência por parte das famílias quanto à
avaliação, pois essas aceitavam o caráter assistencialista voltado
para a satisfação das necessidades de guarda, higiene e alimentação.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para Educação
Infantil (vol.3, p 203, 1998), o momento de avaliação implica numa
reflexão do professor sobre o processo de aprendizagem e sobre as
condições oferecidas por ele para que ela pudesse ocorrer. Assim,
caberá a ele investigar sobre a adequação dos conteúdos escolhidos,
sobre a adequação das propostas lançadas, sobre o tempo e ritmo
impostos ao trabalho, tanto quanto caberá investigar sobre as
aquisições das crianças em vista de todo o processo vivido, na sua
relação com os objetivos propostos.
A avaliação não se dá somente no momento final do trabalho. É tarefa
permanente do professor, instrumento indispensável à constituição de
uma prática pedagógica e educacional verdadeiramente comprometida com
o desenvolvimento das crianças. A observação também deve ser planejada
para que o professor possa perceber manifestações importantes das
crianças. Por meio dela, pode-se conhecer mais acerca do que as
crianças sabem fazer, do que pensam a respeito dos fenômenos que
observam, do que ainda lhes é difícil entender, assim como conhecer
mais sobre os interesses que possuem.
A prática de observar as crianças indica caminhos para selecionar
conteúdos e propor desafios, a partir dos objetivos que se pretende
alcançar por meio deles. O trabalho de reflexão do professor se faz
pela observação e pelo registro. O registro é entendido aqui como
fonte de informação valiosa sobre as crianças, em seu processo de
aprender, e sobre o professor, em seu processo de ensinar. O registro
é o acervo de conhecimentos do professor, que lhe possibilita
recuperar a história do que foi vivido, tanto quanto lhe possibilita
avaliá-la propondo novos encaminhamentos.
No âmbito educacional o registro pode ser tido como uma espécie de
diário, onde são anotados fatos vivenciados, sentimentos, impressões,
confissões, etc. Como instrumento de trabalho o registro vem associado
ao planejamento e a avaliação compondo-se a partir desta triologia o
fazer educativo profissional.
Dessa forma, o registro humaniza o educador, fazendo-o resgatar a
emoção, as múltiplas formas de expressão e sensibilidade. É uma forma
de nos permitir construir a memória compreensiva que nos dará base
para a reflexão, análise do cotidiano educativo e do trabalho
desenvolvido diariamente com o grupo.
Bolsa: Sem Bolsa
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